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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Enterro dos pequenos de Realengo emociona o Rio.

 "O pior momento é agora" Diz mãe de estudante morta na hora do velório de filha, depois do dia mais triste dentro de uma escola pública no Rio de Janeiro. Começa agora o enterro das pequenas vítimas, que retratam mais uma cena de descontrole do estado sobre a violência e pela falta de educação que estamos tendo, pois a falta de crítica aos nossos jovens esta fazendo com que crianças e adolescentes não consigam interpretar o seu verdadeiro mundo, cada um reconhece sua realidade em si, a famosa "alienação".

Veja a reportagem da cobertura do enterro .

Multidão participa de funeral da estudante Larissa Silva Martins, uma das vítimas do massacre. (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)Multidão participa de funeral da estudante Larissa
Silva Martins, uma das vítimas do massacre
(Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

Amigos, colegas e familiares dos alunos mortos comparecem ao velório realizado no Cemitério do Murundu, na zona oeste do Rio. (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)Amigos, colegas e familiares dos alunos mortos
comparecem ao velório realizado no Cemitério do
Murundu (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

Prefeito Eduardo Paes cumprimenta familiares das vítimas de ataque à escola em Realengo (Foto: Igor Christ/G1 RJ)Prefeito Eduardo Paes cumprimenta familiares das
vítimas de ataque à escola em Realengo

Familiares de Mariana rezam na porta da escola (Foto: Tahiane Stochero/G1)Familiares de Mariana rezam na porta da escola


Começaram a ser enterrados, no fim da manhã desta sexta-feira (8) os corpos de crianças mortas pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio.
No cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, a avó de Larissa dos Santos Atanásio passou mal e precisou ser socorrida. Os parentes se despediram da menina com cânticos. As cerimônias foram marcadas por muita emoção.

No cemitério do Murundu, em Realengo, o padrinho de Laryssa Silva Martins se emocionou: "Ela era uma menina tranqüila, meiga e amada e que pretendia ser marinheira. O sonho dela era ganhar dinheiro para ajudar o pai, que é aposentado. Uma pessoa não pode sair por aí airando em crianças. Os tiros que ele deu atingiram todo mundo."
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, foi até o enterro no cemitério. "Trata-se de um ato de uma pessoa fora das suas faculdades mentais. Foi um ato isolado, e as perícias e depoimentos estão mostrando isso. Foi uma ação de uma pessoas doente e que infelizmente acarretou nesse episódio. Qualquer tipo de diagnostico ou avaliação é muito pequeno perante a dor e a monstruosidade desse ato. Esse foi um episódio que envolveu uma pessoa insana o que dificultou fazermos algo relacionado a policiamento. ”
O prefeito Eduardo Paes também esteve nos cemitérios do Murundu e em Sulacap, ambos na Zona Oeste, cumprimentar os familiares das vítimas. “Vim aqui para dar um abraço nas famílias. É uma tragédia que abalou toda a cidade. Está todo mundo muito consternado com o que aconteceu. O que a gente pode fazer agora é tentar dar algum carinho e um abraço, como pai e carioca. Eram crianças que buscavam seu futuro numa escola e diante de um ato brutal tiveram suas vidas tiradas. Nada vai reparar a perda que eles tiveram”, disse o prefeito.
'Acabou o sonho da minha neta'
No Jardim da Saudade, muitos familiares e amigos se abraçam e consolam, e alguns choram incontidamente. “Você sabe o quanto meu irmão lutou para criar essa filha”, dizia Cristiane da Silva Machado Gomes, tia de Luiza, enquanto era abraçada por uma parente. “Era a princesinha dele. Meu Pai, por que isso? Eu preciso criar forças para suportar”, disse ela, chorando muito.

“Acabou o sonho da minha neta. Acabou”, dizia Neide Soares, de 66 anos, avó da menina. “Por que a escola deixar entrar um homem com duas armas? Se vai fazer uma palestra, tem que conferir se é isso mesmo. Cadê a segurança?”, protestou.

Parentes de Rafael levaram duas faixas para o velório do menino. Uma delas dizia: “Aí, governante: até quando vamos ficar sem segurança nas escolas e nas ruas. O Brasil vai copiar sempre as coisas ruins desse país? Hoje foi essa escola. Qual será a próxima?”
Enterros
A previsão é de que cinco jovens - Rafael Pereira da Silva, Luíza Paula da Silveira, Larissa dos Santos Atanásio, Karine Lorrayne Chagas e Igor Moraes da Silva - sejam sepultados no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste.
Estão previstos para o Cemitério do Murundu, em Realengo, os enterros de Laryssa da Silva Martins, Mariana Rocha de Souza, Bianca Rocha Tavares e Milena dos Santos Nascimento.
Já o enterro de Géssica Guedes Pereira está previsto para o Cemitério de Ricardo de Albuquerque, no subúrbio. Ana Carolina Pacheco da Silva será enterrada no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária, e o de Samira Pires Ribeiro, no Cemitério de Santa Cruz, na Zona Oeste. O corpo do atirador está no IML. Nenhum parente apareceu para tratar do enterro.
Familiares de Mariana rezam Pai Nosso em frente a escola
Parentes de Mariana de Rocha de Souza, de 12 anos, colocaram flores em frente à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, e, de mãos dadas em círculo, rezaram um Pai Nosso em homenagem à garota, que morreu vítima do ataque.
"Mariana era uma filha maravilhosa, uma estudante dedicada, queria ser modelo quando crescer e teve a vida cortada por este atirador. Que ela continue do céu nos protegendo. Vai em paz, Mariana", disse o tio da vítima, José Correia da Silva.
"Acabamos de enterrar a Mariana e viemos aqui fazer mais uma homenagem, pois ela era um anjo, uma menina linda", acrescentou ele.
Feridos
Dez alunos baleados na Escola municipal Tasso da Silveira seguem internados nesta sexta-feira (8), em seis hospitais do Rio. Um menino de 14 anos, que sofreu uma lesão na perna, foi liberado depois de medicado no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. E Renata Lima Rocha, de 13 anos, que também estava internada na unidade, teve alta no início da tarde desta sexta-feira (8). Ela foi foi baleada no abdômem.




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